24/11/2006

AMIGOS!


Tenho que vos dizer que hoje estou um bocadinho mais feliz, passei por mais um ontem, e a todos vocês que me querem ver sorrir, vim dizer-vos que no fim sorri, de felicidade porque de 6 já só me faltam 4.
É uma sensação incrível, sentir-mos que pouco a pouco as batalhas vão sendo ultrapassadas.
Venho dizer-vos também a todos que me dão forças e lutam comigo, que já resolvi as minhas quezílias com Deus, mas que fique bem claro que o avisei, que só lhe perdoava mais esta prova.
Não lhe dava direito a mandar-me mais provas.
Que vos parece, acham que ele toma banhito todos os dias e tinha lavado as orelhitas???...
Hummmm espero bem que sim.
Rsrsrsrs, ai dele se me volta a falhar, vamos ter de ajustar contas
Beijinhos gratos e saudosos para todos.
Gina

09/11/2006

MOMENTOS DE PAZ...


28-10-06



Temos alturas na vida, em que pomos tudo em questão.
Hoje estou num desses dias.
Faz hoje 46 anos que nasci, e tantas dúvidas, tantas perguntas para as quais não encontro respostas.
Olhando para trás pergunto-me porque será que a minha vida se resume a isto, e se não terei direito a ser feliz.
Há 3 anos atras, começou a minha revolta, lembro-me que em conversa com a minha mãe, ela me ter dito, que era DEUS que nos punha á prova, para nos tornarmos mais fortes., não concordando muito com ela, desejei sair daquela prova com sucesso, e de facto consegui.
Curei-me do cancro da mama de que padecia. Perdi-a, mas sabia que era por uma boa causa, ficar boa e lutar por mim, pela minha filha, pelo meu marido, e por todos os amigos, que diariamente me davam ânimo e forças para lutar.
A vida começou a desmoronar, descobri que não sendo feliz no meu casamento, merecia sê-lo, devia isso a mim própria, lutei, dei a volta por cima, e fui á minha vida.
Em Maio deste ano, nova prova me surgiu, aí perguntei-me, quantas provas mais seriam necessárias, mas fui á luta, desta vez levaram-me parte do rim, passei por mais esta, estou aqui...
Quando pensava que o pesadelo tinha terminado, eis-me aqui, com mais uma, para enfrentar, pergunto-me quando terminará o meu pesadelo, ou, se alguma vez terminará?...
Se as provas, nos ajudam a fortalecer, porque será que cada vez me sinto mais fraca e com menos forças para lutar.
Sei que amanhã, a minha cabeça mudou, e vou levantar os braços, lutar e curar-me de mais esta prova.
Sei que amanha deixarei de ter pena de mim e vou á luta novamente.
Se ainda falasse, com o meu amigo Zé, que tem uma fé inabalável, perguntava-lhe, uma pessoa só, aguentar todas estas provas e continuara a acreditar, mas ele já não está presente na minha vida, já não me vai responder a isto, e as minhas dúvidas persistem.
Eu Gina, neste momento não tenho fé...
Eu Gina, hoje no dia em que faço anos, acho e tenho a certeza que mereço, não passar por tantas provas, e que se DEUS existe devia estar atento a quem necessita de paz...

17/10/2006



MEU AMIGO CARLOS


Esta semana vou ficar mais pobre, não porque a amizade termine, mas porque o meu amigo Carlitos vai para longe, muitos quilometros para longe de mim.
Sei que a amizade prevalece e permanece, contudo quero dedicar-te algumas linhas em nome do carinho que me dedicas, porque ele é imensurável e eterno.
Quero que saibas que onde quer que estejas, onde quer que eu esteja, vou sempre adorar-te pela amizade e ternura que me dedicas que nos dedicamos.
Carlos quero que sejas muito feliz, e que te sintas muito bem por essas paragens africanas, eu vou ficar por aqui, esperando que voltes e que a nossa rotina continue.
Espero por aquele café, que se bem sem ser ganho, aguardo já com saudade.
Boa viagem meu querido e, melhor regresso...
Eu por cá, vou tentar e conseguir tenho agora a certeza, arrumar os macaquitos do sotão, há e escusas de me trazer o macaquinho, porque depois destes arrumados nunca mais quero ouvir falar deles rsrsrs.
Beijinhos ternurentos amalucados e saudosos.

26/09/2006

Bom dia amigos!

Venho deixar-vos um beijinho e dizer-vos que neste momento não estou na melhor altura para escrever, falta de inspiração talvez.
Voltarei, só não sei ainda quando.
Fiquem bem todos e até ao meu regresso
Beijos

24/08/2006

VIAGEM PELO AMOR...Beijinho lindo...


Era uma longa, fria e triste noite de Março...
Susana sentia-se só, aquele pequeno ser que gerara alguns anos atrás, permanecia adormecida no leito atrás de si.
Havia muitos anos já que Susana se sentia assim só, apesar de ter alguém a seu lado, incapaz de preencher os recantos secretos da sua alma.
Os interesses eram diferentes, enquanto Susana ansiava por amor, ternura, compreensão, companheirismo e partilha, aquele que escolhera para partilhar a sua vida, dividia-a entre ela, a filha, o álcool e as ganzas.
Susana vivia um estado de torpor, entre o reconhecimento de que não era feliz e a falta de coragem de por um fim áquela vida semi-miserável.
A filha, ao fim de alguns anos de agonia, aceitou finalmente que aquela não era vida para ambas.
Era o estímulo que lhe faltava, Susana ganhou coragem e fugiu, abandonou a vida que não queria para elas.
Nessa noite fria de Março, Susana navegava pele Net, procurando amizades, alguém com quem conversar. Já tinha conseguido algumas com quem conversava com regularidade, mas nessa noite não tinha ninguém.
Vagueia por uma sala do aeiou, quando um simples "h" surge, vindo do nada.
Tinham bastante em comum, a mesma profissão, e foi por aí que foram desenvolvendo a conversa.
Dia após dia, a amizade foi-se consolidando.
"h" achava que devia dar uma oportunidade ao marido, Susana dáva-lhe as suas razões. Conversavam sobre tudo um pouco, até das suas crenças religiosas, que aparentemente não eram comuns.
Falaram durante muito tempo, Susana carente, ía-se envolvendo lentamente.
Um dia olhou para dentro de si, e pensou como era possível, que alguém que considerava um bom amigo, lentamente tivesse tomado conta do seu coração.
Não sabia o que a vida lhe reservava, mas não ía ficar no torpor da dúvida, da falta de luta. A vida até aquele momento havia sido madrasta com ela e Susana iria lutar até onde lhe fosse possível.
Susana só não sabia que um dia lhe iria faltar a coragem...
Entre troca de ideias, e esta tomada de consciência Susana encontrou-se com o objecto do seu amor, num lindo dia Maio em Fátima.
Foi um dia mágico, Susana jamais o esquecerá.
O encontro de ambos, foi lindo. Conheceram-se e pareciam dois adolescentes, no auge de um grande amor, as suas mãos procuravam-se, entrelaçavam-se ávidas do calor uma da outra.
Percorreram o Santuário, rezaram ajoelhados no mesmo banco.
Susana pedia auxílio para os momentos difíceis que se avizinhavam para ela, e pedia também que fosse feliz finalmente, que aquele ajoelhado ali a seu lado rezando, também a amasse da mesma forma.
Quanta ilusão Susana!...
Talvez naquele momento a Senhora te devesse ter dado um sinal, para que percebesses, que afinal aquele não era o homem da tua vida, não era a sua "Alma Gémea".
Era só o "h", um bom amigo mesmo, quantos disparates teria deixado de cometer, ou talvez não...
Entre troca de carinhos, beijos e uma tarde de paixão, Susana soube que o amava.
Não foi capaz de concretizar o acto supremo do amor, mas soube que aquele era o seu amor.
Á noite, já cada um no seu canto, "h" dizia-lhe que tinham feito bem em travar o desejo que tinham sentido e Susana sentiu-se feliz...
O tempo foi passando, aquele amor intensificado, pensava Susana.
Um dia rumou em direcção a Lisboa, e ao seu amor.
Ía em trabalho, mas sonhava com os momentos em que ía estar livre para aquele amor.
Susana não sabía, mas afinal o amor era e continuava a ser só seu.
"h" foi atencioso, mas também um pouco frio, muito aquém do que Susana sonhara, aqueles dois dias que sonhara inolvidáveis, afinal não o foram, antes sim uma desilusão, parcos e escassos foram os momentos que estiveram juntos.
Susana regressou á sua vida, com a sensação, que o seu sonho se esfumara.
Assim foi na realidade, "h" tornou-se frio e amistoso, meigo mas sem a paixão que antes o caracterizava.
Susana passou pelos momentos difíceis porque rezou em Fátima, com a angústia no coração, sabía agora que não ía ter coragem de lutar pelo seu amor.
A sensação de se sentir algo diferente das outras mulheres, tolhía-a, tirava-lhe a coragem de perguntar os porquês.
O porquê de tanta paixão numa tarde de Maio, o porquê da frieza depois, o porquê da indiferença de agora.
Susana não era capaz, perguntar implicava reconhecer que o amava, mas também que não era amada.
Hoje pergunta-se se alguma vez irá ter coragem, e sente que não.
Fora outrora, talvez 3 anos antes e Susana iría querer e lutar pelo seu amor, hoje não...afinal pouco tem para oferecer.
Susana continua o seu caminho e permanece só.

09/08/2006

PRINCESA...



Cai a noite devagarinho,
na penumbra do meu quarto, lembro de ti.
Já fui uma princesa, agora não sei que sou.
Queria-te perto de mim, sentir teu cheiro e teu odor,
Sou louca bem sei, sonhos proibidos e esquecidos que o tempo apagou.

Quizera ser teu amor, não consegui...
pergunto-me porquê, porque não consegui,
Lutaria por aquilo que almejei, e não fui capaz
serão os sonhos somente sonhos?
meras ilusões de quem não tem mais.

Poderias ter-me dado uma restea de esperança,
e lutaria por ti, assim na ignorância, no teu esquecimento
não sou capaz,
doi-me cada vez que me dizes que sou maravilhosa,
doi-me cada silêncio infindo...
cada palavra que fica por dizer.
cada pergunta que me fica, por fazer...

08/08/2006

DIÁRIO DE MARIA


10 - Cont.

Momentos de que ainda hoje se arrepende e tem vergonha, mas também aqueles que a ensinaram como era a vida,fora das quatro paredes do seu lar.
A mãe, aquela que Maria adorava, chorava quando passava noites fora de cas, sem avisar, só para os não ouvir.
Lamentou depois, e lamenta ainda hoje aquela sua atitude cobarde.
Aprendeu o que era a maldade humana, enquanto frequentava discotecas umas atrás das outras, várias na mesma noite, noites inteiras sem dormir.
As suas companhias nestas jornadas, era a Paula H. de quem se tinha reaproximado e o Zézito, esse camaradão que Maria recorda com carinho e amizade.
Ele tinha um Fiat 127 azul escuro, neles os três faziam altas noitadas.
Neste entretanto, mais 4 anos se passaram, Tó Mané continuava a procura-la, sem se querer convencer, que fosse verdade o fim daquela relação.
Maria sentia um prazer mórbido, quando o via atrás de si.
Se ele queria assim deixá-lo andar.
Cansou-se das discotecas e das noitadas, chegou a uma altura que repensou toda a sua vida, e sentiu que nada daquilo fazia sentido.
Maria tinha 26 anos, não queria namorado, nada que tivesse a ver com o bicho homem.
Era assim que pensava e nada a faria mudar de ideias, pelo menos era o sentía na altura.
Entrou para a Escola Superior de Educação, tirava a Carta de Condução, ao mesmo tempo, parar era morrer...
Deixou a Loja de Antiguidades, porque era mal paga e queria um futuro melhor, era ambiciosa aquela miúda.
Tinha então 28 anos. Arranjou emprego numa loja de Chocolates em part - time, num shopping da cidade, para poder fazer face ás despesas.
Entretanto foi chamada por um concurso para trabalhar nos Hospitais da Universidade de Coimbra.
O emprego como Auxiliar de Acção Médica, não era grande coisa, mas permitia-lhe ganhar mais dez contos que ganhava na privada, e não exitou.
As folgas semanais permitiam-lhe frequentar as aulas, e a vida ía correndo, entre trabalho e escola.
Tó continuava a ir ter com ela e Maria iá-lhe falando, fosse por pena ou por falta de coragem de o mandar embora de vez, ou porque senti-se prazer em o ver "rastejar" atrás de si.

06/08/2006

DIVAGANDO



Hoje estou num dos meus dias de neura.
Ninguém me pergunte o que tenho, não sei ou talvez saiba.
Estive com a minha amiga sininho, e ela não estava bem.
Se ela não está eu também não o consigo estar. Levei-a á estação para ir ter com e seu amor, rumo ao Porto, fiquei com a sensação que não tinha cumprido o meu papel de amiga.
Nem sempre conseguimos chegar onde desejamos, e eu hoje amiga não consegui lá chegar.
Perdoa-me por isso.
Depois, o dia continuou e não me consegui sentir muito melhor.
Constatei que o meu amigo, estando ao pé de mim, queria levar-me para outro lado que eu não gosto, um pouco contrariada lá fui mas ele não apareceu. Talvez esteja a dar muita importância a algo que não a deve ter de certeza.
Depois para finalizar, comecei a lembrar águas passadas, a minha ida a Fátima num belo dia do mês de Abril, em que me senti uma mulher feliz.
Lembro da magia, que senti, da beleza daquela imagem a quem pedi, que me ajudasse, nos momentos dificeis que ía passar.
Nunca irei esquecer aquele dia, senti-me mulher, e que não estava sozinha.
Alguém estava comigo, alguém me dava ânimo para lutar e continuar com a minha vida.
Nunca irás saber a importância que para mim tiveste naquele dia, e nos dias que se seguiram, nos dias que estão a correr.
Nunca irás saber o quanto te amo, ou irei amar.
Vou lá voltar, claro que vou.
Agradecer áquela imagem a quem um dia pedi por auxílio, só que desta vez vou só

03/08/2006

DIÁRIO DE MARIA


9 - Cont.


Afinal aquele era o homem da sua vida, aquele a quem se entregara sem reservas nem pudores, por quem passara a vergonha de lhe saltar a janela do quarto, no lusco fusco das tardes de inverno, para estar com ele, com o temor e o receio de a mãe dele algum dia a encontrasse no quarto do filho, por quem passara pela vergonha de terem de chamar um carro de bois, para desatolar o carro, depois de uma tarde de amor, enfim aquele por quem passara a vergonha de ser apanhada pela policia, numa noite de fim de ano.
Aquele com quem cometera as maiores loucuras...Aquele deixa naquele momento de fazer parte da sua vida para sempre.
Maria olha para traz na sua vida e lembra os cinco anos da sua vida que morrem ali.
Reaproxima-se dos velhos amigos.
Paula H. era na época uma das suas melhores amigas, e dá-lhe provas disso.
Paula Maria já tinha cassdo com Pedro e tinha já um filho, a vida tinha-as afastado fisícamente, se bem que sentimentalmente a amizade continuasse.
Maria viveu momentos de desespero.
Jurou a si própria que a sua vida ía mudar radicalmente, que nunca mais iria acreditar em homem nenhum, e assim foi efectivamente.
Lutou contra o seu pai, quando este lhe dizia que não a deixava sair á noite.
Era quando ía mesmo, costumava dizer que tinha 25 anos e não ía ficar a chorar em casa por alguém que não a merecia..
Maria passou pelos momentos mais loucos da sua vida.

14/07/2006

REGRESSANDO...


Meus queridos amigos, estou de volta.
A vocês que me tem acompanhado nestes meus momentos menos bons, venho dizer-vos que regressei.
Agradecer-vos todo o carinho e ternura que me tem dedicado, porque amizades assim como as vossas, não se podem agradecer, mas apenas e só retribuir, espero e desejo do fundo do meu coração estar á altura.
Isto parece um contracenso mas não é.
Adoro-vos.
Quanto a mim quero dizer-vos que lentamente vou recuperando as minhas forças, para poder voltar para junto de vós como aquela Gina que sempre fui.
A operação correu muito bem, mas está ser um pouquito dificil a recuperação.
O meu rim ficou um bocadinho mais pequeno, mas também quem precisa de um rim inteiro.
O meu muito obrigado pelo vosso carinho e preocupação
E mais uma vez vai a verde, o verde da minha esperança...

13/06/2006

BOM DIA!


Queridos amigos.
Hoje não vou escrever sobre a minha amiga Maria, mas sobre mim Gina.
No meu percurso por esta vida, tenho passado por algumas batalhas, umas mais fáceis que outras mas sempre, com força e determinação para as vencer.
Ultimamente não tem sido fácil mas contínuo de pé, disposta e determinada, a que esta que tenho pela frente agora seja mais uma, e que brevemente possa dizer: "Porra, mais uma que já lá vai".
Só vos quero dizer, que vos levo a todos, no meu coração, e que de certeza, na hora em que estiver a entrar naquele lugar gelado, me vou lembrar de todos vós.
Porque todos voces são meus amigos, e vos amos a todos.
A ti filhota, só consigo dar-te aquele beijo de amor que me enche o coração.
Amo-te minha querida.
Ruizito, meu lindo este vai a verde quer tu gostes, quer não.

07/06/2006

DIÁRIO DE MARIA


8 - Cont.

Maria passou para o 12º ano, foi frequentá-lo no Liceu José Falcão á noite.
O tempo era pouco para estar com Tó Mané, e ele distanciava-se. Já não podia ir ter com ele á faculdade, porque trabalhava de dia e estudava á noite. Ao fim de semana dava-lhe desculpas para não se demorar, as frequências pagavam sempre.
Um dia entrou-lhe pela loja dentro, uma senhora mais velha que ela uns 6 anos, queria falar-lhe!...
Dizia-lhe que já á algum tempo que namorava com Tó Mané, e que lhe haviam dito que ele tinha uma namorada há alguns anos.
Sentiu uma dor tremenda no peito, as suas dúvidas confirmavam-se.
Afinal a colega de que lhe falava e com quem ía estudar matemática, para justificar o que os amigos lhe diziam, não era mais de que uma viúva, com um filho de 5 anos, e que nem sequer andava na faculdade.
Era-lhe indiferente o estatuto da dita senhora.
Maria ficou revoltada, não só pelo engano, pela traição, mas sobretudo pela mentira...
Ficou de falar com a senhora mais tarde.
Quando chegou, perguntou-lhe directamente se tinha outra.
Tó chamou-lhe tola, que só a tinha a ela, que íam casar.
Doeu-lhe o coração, sentía que aquilo não ía ser verdade, se depois de fazer o que a sua alma engendrava, concluísse que lhe mentia, era o fim.
Tó foi embora, certamente para os braços da Matemática.
Maria, ligou para a senhora.
Nessa noite faltou ás aulas, a senhora morava duas ruas ao lado do liceu que frequentava.
Maria, bateu á porta, e foi levada para uma sala impessoal, toda ela tremia.
A esperança de não ser verdade, lutava contra a quase certeza de o ser.
Aguardava firme.
Passado algum tempo, não muito, alguém bateu á porta, o coração deu-lhe um salto no peito.
Foram os minutos mais longos da sua vida, entraram na sala, Tó abraçando a senhora, beijando-a na face.
Ficou petrificado, incrédulo quando a viu...
Maria, com uma tristeza imensa, em si, só conseguiu perguntar-lhe:
"- E agora, ainda sou doida, ainda é mentira?"
Saíu porta fora desesperada. Chorou amargamente.
Fez o caminho de regresso até ao autocarro, 4 km a pé, em que não sabía por onde ía, em que não via, nada nem ninguém.
Tó veio atrás de si, implorava-lhe que subisse para a mota, mas ela nem o ouvia, tal era o desespero.

02/06/2006

Um pedaço de mim...


Um pedaço de mim,
está por aí...
Não sei por onde, porque o perdi.
Não chamei por ti...
Meu céu raiado de azul.
Gritas-te por mim!
Ouvi-te...
Lancei meus raios azulados sobre ti.
Desde esse dia não mais nos largámos.
Eu era a tua princesa, tu o meu carinho.
Saber-te aí bastava-me.
Mas já não sei onde estás...
Perdemo-nos pelo caminho...
Não te pedi amor.
Não te posso pedir,
Aquilo que não tens para me dar.
Promessas foram feitas...
Se algum dia os nossos passos se desviarem...
Uma amizade linda, permanecerá...
Pergunto-te por ela...
Onde está???

01/06/2006

Não me perca...


Todas as vidas são feitas de encontros e desencontros.
Os encontros, serão mais ou menos sensíveis, com mais ou menos carinho e ternura.
No meu caminho, muitos desencontros têm acontecido, mas também muitos encontros percorreram os meus passos.
Alguns ficaram pelo caminho e serão sempre recordados, com carinho, pelas palavras meigas que ficaram para sempre guardadas na minha memória.
Outros chegaram e ficaram, tomaram o meu rumo.
Para todos vocês, que seguem em passo compassado o meu caminhar, o meu beijo de gratidão.
São vocês que me dão forças para lutar.
São vocês que fazem parte do meu mundo.
Luto por mim e também por vós, porque não quero perder-vos na linha do meu horizonte.
A ti, amigo que me envias-te este poema lindo, quero dizer-te que por muitos passos que dê, vais ficar sempre no meu coração, pela amizade que me dedicas, pela amizade que nos dedicamos.
Apesar de não existir o amor que o poema toca, sei que iremos sempre amar-nos. O que é uma linda amizade senão uma forma de amor.
A todos vós que percorreis o meu caminho quero dizer que vos amo
Vou estar brevemente afastada do vosso caminho, mas levo-vos a todos no meu coração e que em breve estarei de volta por aqui para vos atormentar os passos.
Não me perca


Não me perca de vista,
não deixe que eu desapareça de sua vida,
antes de precisar de mim...
mão deixe que eu vá embora,
sem antes saber quem sou,
e quais os meus sonhos,
talvez sejam os mesmos sonhos que os seus, quem sabe...
Não me perca de vista nunca,
mesmo que não esteja interessado agora,
pode ser que um dia,tenha saudades de mim,
Não me deixe seguir sozinha esta estrada,
sem antes saber se gostaria de ir também,
sem antes descobrir que é exactamente
o caminho que sempre procurou...
Não me perca,
talvez só eu possa ser para você,
a esperada chegada,
o tão sonhado caso de amor,
e a realidade mais sublime de se viver...
Mas não me perca,
deixe eu ficar e esperar por você,
esperar que você me chame,
que você tenha por mim todo o seu carinho,
que você de repente descubra
que está me amando,
por ter ficado ao seu lado,
e ter esperado...
Não me perca,
Nunca...
você vai pedir que volte...

(Vilma Galvão)

25/05/2006

DIÁRIO DE MARIA


7 - Já não é adolescente

O pai de Maria, continuava intransigente, não a deixava sair.
Tó Mané ía a sua casa e por lá namoravam á noite. Durante o dia, tirava todos os bocadinhos que podia para estar com ele. Vivia em função daquele amor e quase obcecada, por ele.
Tó Mané era egoísta, demonstrou-lho quando lhe disse que achava que os seus pais deviam deserdar a irmã Ana por ela ser mãe solteira, quando não se preocupava com o prazer de Maria e depois lhe atirava á cara de que era frígida, e em tantas outras ocasiões.
Maria hoje sabe, que não era verdade, mas na altura, vivia com aquele medo, aquela dor.
Nunca conhecera outro homem na intimidade e tomava como verdadeiras as suas palavras.
Julgava-se frígida efectivamente. Hoje sabe reconhecer os motivos que a levavam a não sentir prazer, mas na época vivia complexada.
Aos 4 anos de namoro, a mãe de Tó, acabou por aceitar, começou a achar que não havia nada a fazer, ou então mudou de estratégia, o que é certo é que passou a frequentar esporádicamente a casa.
Não se sentía lá bem, pelo que também não insistía em a frequentar assíduamente.
Tó entretanto cada vez frequentava menos a sua, e quando Maria o questionava por isso, desculpava-se com as Frequências e os Exames.
Maria sentía que algo não estava bem. Os colegas dele, ou para a avisarem, ou para a picarem, avisavam-na para ter cuidado com as miúdas. Quando o confontava com isso, dizia-lhe que era tola, que não havia ninguém, que podiam ir pensando no casamento e Maria ía sonhando.
Intímamente, sabia que havia algo de verdade no que os colegas dele lhe diziam, sentia-o no seu coração, e ele negava, negava, negava...
Voltando aos seus 18 anos, Maria achou que estava na altura de mudar a sua vida, começou a trabalhar em Part-Time numa loja de Antiguidades, fazia o período da manhã.
O emprego ficou a devê-lo a uma boa amiga que lá trabalhava, a Fátima Nunes, que na época adoeceu, Síndrome de Down, e que veio a falecer dois anos mais tarde, legando-lhe o seu lugar.
Maria aproveitou o emprego, e resolveu acabar o 10º e o 11º, num colégio, onde podia fazer os dois anos num. Foi dos maiores desafios que teve.
Recebia 5 contos, pagava o colégio, o passe e ficava com 5 escudos que costumava dizer eram para os rebuçados, com um sorriso nos lábios, porque era feliz contribuindo para o seu futuro. Longe íam os dias em que queria ser empregada doméstica.
A mãe continuava a dar-lhe dinheiro para as despesas correntes, mas ela sentía-se feliz.
Essa responsabilidade fez-lhe bem, porque conseguiu fazer os dois anos em um com todas as disciplinas.
Foi um ano duro, até porque entretanto, ficou a trabalhar a tempo inteiro na loja de Antiguidades.
Adorava o seu trabalho, dava-lhe um gozo enorme, lidar com todas aquelas velharias.
Cada dia aprendia algo de novo, sobre antiguidades.
A vida corria-lhe bem.

12/05/2006

DIÁRIO DE MARIA


6 - Adolescência (Cont.)


Paula encontrou novos amigos, colegas de turma e Maria também.
Da sua passagem pelo 10º e 11º, ficaram alguns amigos que perduram ainda hoje, a Rosa Paula, o Pedro, o João que veio a falecer de acidente de automóvel, quando ainda estudavam e a Paula H. essa doidona, amiga do peito, que após longos anos de ausência se reaproximou e continua aquela amigona, doidona de outros tempos.
Maria, tinha uma tendência incrivel para as Paulas, também esta teve uma influência tremenda na sua vida. Foi aquela amiga do peito que necessitava quando a outra tomava novos rumos, e lutava pelo seu futuro.
Influênciada por Paula H. que acabou por desistir dos estudos e começou a trabalhar na biblioteca de Espanhol da Faculdade de Letras, tirou um curso de Técnica de Bad. que hoje é a sua profissão.
Com 18 anos tinhao 11º incompleto, faltavam-lhe duas cadeiras para o terminar.
Sentiu que tinha de dar um novo rumo á sua vida. Era um fardo para os seus pais e não gostava de o sentir.
Paula (a advogada) apresentou-lhe um vizinho, que veio a tornar-se seu namorado e um caso sério na sua vida.
Tó Mané, estudava Engenharia Mecânica na FCTUC, era 3 anos mais velho e também não gostava de estudar. passeava os livros, andava sempre pendurado em Maria e fazia-a sentir-se importante, até certa altura. Tinha uma Suzuki 125 que era na altura uma boa moto, em que davam grandes passeios.
Maria apaixonou-se perdidamente, para ela existia Deus no céu e o Tó Mané na terra.
Foi o primeiro homem na sua vida e também a sua grande desilusão.
Ele era completamente manipulado pela mãe, e esta não queria aquele namoro, queria que o filho namorasse, uma menina rica da freguesia e Maria vivia remediadamente, tinham a casa onde viviam, mas não era filha de gente rica e de boas familias, como a mãe dele costumava dizer, para além disso não andava na Universidade.
Aquele namoro durou 5 anos. Tó Mané, nunca acabou o curso.
Pobre mãe, que desilusão, afinal ela que sonhava tão alto, nem no filho, viu realizado os seus sonhos.
Também não casou com a menina rica, pobre senhora...
Costuma dizer-se que Deus escreve direito por linhas tortas, e parece-me que foi mesmo o que aconteceu.
Justiça lhe seja feita, não foi ela a culpada do fracasso daquele namoro, pelo menos directamente.

09/05/2006

AMIGOS
A vida prega-nos grandes partidas.
Umas são fáceis de ultrapassar outras não mas de uma coisa tenho a certeza, todas elas servem para nos ajudar a crescer, e a tornar-nos cada vez mais fortes.
Nestas alturas verificamos que os amigos tem uma importância insubstituível nas nossas vidas.
Estão lá, quando precisamos de uma palavra de carinho, e de conforto, e mesmo para nos fazer ver quando estamos errados e esses sim são os amigos puros e verdadeiros. Ou não estão simplesmente, e então não valem a pena.
A todos aqueles que sendo ou mesmo não sendo tem estado comigo em horas menos boas vou agradecer e dizer o meu muito obrigado por estarem aí.
Só vos posso dizer que não vou nunca, mas nunca baixar as armas ou dar-me nunca por derrotada, e não vos vou defraudar, porque dos fracos não reza a história e eu quero ter a minha para contar durante muito tempo.

04/05/2006

Á LAIA DE PEDIDO DE DESCULPAS...

Na semana passada apaguei um post.
"Maria teve um sonho..."


A nossa vida, a nossa realidade é povoada de sonhos.
Uns são sonhos lindos, outros nem por isso, uns são sonhos reais outros pesadelos, outros são sonhos verdadeiros, outros são sonhos só.
Sonhou que tinha um Lance, que fazia parte da sua realidade, que a fazia feliz, porque existia e estava ali, mas não passou de um sonho só, e como tal deve ser apagado da memória, e da lembrança de Maria.
Ao longo da sua vida, Maria teve alguns sonhos. O mais importante, durou varios anos, por este Maria luta infinitamente porque permaneça na sua memória, por aquilo que teve de bom, e em função do que lhe deixou...tem um nome e não pode ser esquecido.
Este último, de tão fugaz e repentino, de tão ilusório e mentiroso, deve ficar para sempre, numa caixa fechado.
Trancado para que a sua vida tenha rumo e norte, e permita que os seus passos sejam dados rumo a uma vida feliz.
Perdoem-me se o fiz, mas Mario pediu-mo e sou-lhe fiel.

03/05/2006

PASSEANDO CONTIGO....


Momentos de loucura...
Momentos de ternura,
Sonhos alcançados, desejos de paz.

Por aquilo que vivi,
Jamais me vou arrepender.
Foste o anjo no meu caminho,
O meu momento de paixão...

Passarão dias, meses e anos.
Este dia jamais esquecerei.
Senti um turbilhão de sentimentos,
Que julgava já não ser capaz.

Poesia não sei escrever...Só escrevi o que senti.

29/04/2006

PARA TI AMIGA!
Paula H.
Depois de ter lido os teus comentários no meu blog, sininho, passei ao teu.
Decidi que o texto que me dedicas-te, merecia uma resposta, não no teu, mas aqui no meu cantinho.
Nada na vida acontece por acaso, sou e tenho provas disso efectivamente.
Ontem de manhã, depois de sair do local onde fui, precisava de um amigo, de uma amiga.
Não de amigoas casuais, que nos dão duas tretas e ficamos na mesma, por algum motivo me lembrei de ti, lembras? "Nada acontece por acaso..."
Não se pode conquistar algo que já foi conquistado amiga.
No meu coração sempre esteve um cantinho que te pertence.
Isso faz-me lembrar, um comentário que fiz ao meu amigo Rui uma vez, em que lhe dizia, que um cantinho no meu coração era dele, para todo o sempre, na altura achei que era a pontinha, porque estava lá aconchegadinho.
Imagino que o meu coração está dividido em vários cantinhos, bastantes espaços que cada um de vós ocupa e tem carácter de defenitivo. Nunca mais ninguém irá ocupar o que vos pertence por direito.
Quando muito, novos serão criados e vocês vão ter de se apertar mais um bocadinho.
A vida e as circunstâncias foram-nos separando, mas o teu cantinho nunca foi ocupado, está cá, vivo e presente, reavivado por cada vez que me lembro de ti, por cada vez que nos encontramos e voltamos ao nosso tempo de jovens malucas e por vezes um tanto ou quanto irresponsáveis.
Precisei de uma amiga ontem, e foi de ti que me lembrei, por isso deixa-te de lamechices, que está na altura de ambas recuperar-mos o tempo perdido.
Vê lá vê, não te ponhas a contar as nossas "Safadezas", no teu blog senão vou acabar encravada, é que as nossas nunca as contei num confessionário onde fui obrigada a ir e só contei algumas ehehehe.
Adoro-te miúda.

21/04/2006

DIÁRIO DE MARIA

4- Adolescência (Cont.)

Um dia quando menos esperava, um grupo de colegas de turma aproximou-se dela.
Maria nunca percebeu, se tinham sentido pena dela, se por gostarem dela.
Foram-se aproximando e ficando.
Eram extraordinários, começava novamente a sentir-se feliz.
Nesse grupo Maria encontrou a sua melhor amiga, Paula Maria, ainda hoje é uma felicidade quando se encontram.
Apesar da vida as ter separado, pelas profissões e formas de vida, Maria sente a amizade que as uniu presente, quando se encontram para tomar um café e simplesmente conversar.
Do grupo faziam parte, a Paula, a Teresa, o Pedro, o Vitó, a Fernanda e mais alguns que nunca mais a deixaram só.
Maria era feliz, pelo menos enquanto estava no Liceu, porque quando chegava a casa, a dor começava, refugiava-se na irmã Claúdia, na altura com 4 anos, que era a sua alegria.
Quando estava no fim da gravidez, Ana regressou finalmente a casa.
Pode assistir ao nascimento da sobrinha Sandra de quem veio a ser madrinha, era linda aquela menina.
Maria amava-a profundamente, sentia-se também um pouco sua mãe, afinal ajudava a criá-la. Passava horas, noites acordada com Ana, quando a menina não dormia, e se Sandra era chorona.
Passavam noites inteiras a passea-la ao colo, para que os pais pudessem descansar, afinal tinham de se levantar cedo para irem para o mercado.
Ana começou a trabalhar numa fábrica de tecidos para ajudar nas despesas da filha, Maria lamenta que a irmã não continuasse a estudar, porque era inteligente e poderia ter ido longe.
O pai foi intransigente, não permitiu que o fizesse.
Maria continuava os seus estudos, e até ao 9º ano, continuou com os amigos, que sempre a acompanharam. Passavam todos os momentos juntos, faziam farras nos feriados, o único senão é que nas idas ao cinema, ou passeios de fins de semana, o pai nunca a deixava ir.
Depois da gravidez de Ana, o pai que já antes era rígido e austéro na sua educação piorou substancialmente.
Paula começou a namorar com Pedro, com quem veio a casar, os restantes do grupo namoravam também e Maria sentia-se muitas vezes a velinha.
Passado algum tempo o Vitó pediu-lhe namoro e ela aceitou, era a única que não tinha namorado. sabia que não gostava muito dele, mas quem sabe o tempo não a ajudaria a tal.
O 1º beijo, aquele que Maria sonhava que iria ser único, inolvidável, afinal foi uma desilusão, nunca percebeu se foi por não o amar, se pela expectativa em torno desse momento fosse extrema, o que é certo é que passou por esse momento indiferente.
O namoro não durou muito tempo, uma semana .
Quando Vitó a beijava, chamou-lhe Joana. Maria mandou-o ir beijar a Joana e por ali ficou algo que nem devia ter começado. Maria tinha 16 anos.
Acabava o 9º ano, mudou de liceu, porque Paulaía para o 12º, ela tinha ficado pelo caminho.
Paula gostava de estudar, o seu sonho era ser advogada, e realizou-o. é hoje uma da praça Coimbrã.
Voltando atrás, Paula mudou de Liceu, foi para o José Falcão e Maria que ía para o 10º seguiu-a, afinal era a sua melhor amiga, era-lhe indiferente fazê-lo num ou noutro, não contava era que ficassem separadas geográficamente o que veio a acontecer.
O 12º era dado numa dependência externa ao Liceu, e lentamente a separação entre as duas foi inevitável.
MARIA voltou conforme prometido.
Espero não vos defraudar no meu relato de alguém que prezo

03/04/2006

CAMINHANDO


Com passos curtos, alguém vai caminhando e tomando o seu rumo.
Cada passo é uma conquista.
Vê-se uma luz ao fundo do túnel, que cada vez mais ilumina seu caminho.
Encontrei Maria que me pediu, para continuar a contar a sua história, pois não quer que morra ali.
Também uma Katy_Safaditah mo pediu, e não a vou defraudar.
Quem sabe não será uma ajuda para que consiga entender as razões da minha amiga Maria, e das opções que nós mulheres temos por vezes de fazer, para continuarmos de cabeça erguida a levar a nossa vida para a frente.
Um homem na nossa vida deve representar, um complemento para a felicidade, nunca um projecto de vida, nunca a única base de suporte para que tal aconteça.
Para além deles, "Homens", existimos nós, com os nossos desejos, com os nossos quereres, que não podemos nem devemos aniquilar, em função deles.
Para além deles, existem os nossos filhos, a quem temos o dever de tornar felizes, neste projecto entramos nós mulheres, e eles homens, porque a isso nos comprometemos.
Sem querer divagar, venho dizer que a "Maria" vai voltar.
A todos vós que me têm acompanhado neste meu pequeno percurso, o meu muito obrigado.

13/03/2006

VOLTANDO AO " DOCE VITA...."
Á dias escrevi algo que me sucedeu numa visita minha, para tomar café, neste novo Centro Comercial.
A conversa das duas irmãs, martela-me na cabeça a toda a hora.
Depois de situações por mim vividas recentemente, ainda mais, aquela conversa me martiriza.
Terminava o meu relato, com um pensamento muito meu. "...E tenho a certeza também que quero ser feliz todos os dias da minha vida."
Efectivanmente, e muito devagar vou trilhando o meu caminho, uns dias melhor, outros nem por isso, mas sei que estou a dar os meus passos, e os passos estão certos.
Ser completamente feliz é impossível, ainda mais para mim, que sou uma pessoa insatisfeita por natureza.
No entanto a nossa busca enquanto seres humanos, é trilhar o nosso caminho, e procurar a nossa própria felicidade.
Nesta altura da minha vida, tenho consciência e sei, que ficar com migalhas, não me ajuda, nem me faz feliz.
Já passei por este filme, tempo demais.
Durante muitos anos, fui-me anulando a mim própria, ficando com as migalhas de um amor egoísta, egocêntrico, e acomodei-me.
Por uma ou muitas razões, foi acontecendo
Hoje que me libertei desse estado de torpor, não o quero mais para mim.
Quero tudo ou nada, porque só o tudo me deixa feliz, e o nada...ora o nada é mesmo nada.
Já basta de migalhas.

23/02/2006

HORA DE ALMOÇO


Estou aqui sozinha, na minha hora de almoço e dei comigo a abrir o meu blog, onde já não escrevo á muito tempo, seja por falta de inspiração, seja porque a minha vida está a levar um rumo inesperado por mim e tenha tanto para dizer que talvez não consiga e as ideias se atropelem.
Tudo na vida de uma pessoa, surge por um motivo qualquer, por uma razão consciente ou não que nos leva a fazer ou agir de dada forma.
Influenciada por um amigo, criei este blog, lembro que nesse dia foi uma luta porque não percebia nada de blogs, e não conseguia cria-lo. Quando me pediram um nome para ele pensei e agora...Lembrei-me do sozinha na ilha, porque era como inconscientemente me sentia de facto.
Sozinha, muito sozinha. Com um mundo de gente á minha volta, mas de facto só porque algo faltava na minha vida.
Amigos não era, tinha poucos mas bons, que como costumo a afirmar é a medida certa. Trabalho tinha, uma filha adorável também.
Pensava eu que tinha tudo para ser feliz, mas acho que não, aliás acho não tenho agora a certeza.
Depois pedem-me uma palavra passe, mas quando fui para abrir o blog, algo tinha falhado, lá fui eu chatear o meu amigo inspirador, mas ele não me podia, nem conseguia ajudar.
Assim sendo, tinha que me safar sozinha... e depois de muitas tentativas, e não me perguntem como nem porquê, consegui entrar nele com o endereço de andandonaareia...e aí surge-me uma nova pergunta porquê este, podia se Maria
Ricardina ou afins.
Neste momento vejo que tem tudo a ver comigo.
Uma das coisas que sempre adorei foi ir á praia, não no verão como a maioria das pessoas, mas no inverno quando está sem ninguem, transmite-me paz, calma, tranquilidade, adoro ouvir o bater das ondas, sem a algazarra de pessoas a conversar, de miúdos a grita, enfim em paz., mas adoro também passear á beira mar, nessas alturas, caminhando sem destino como que procurando o meu...
Por isso concluo, que sentindo-me tão só, procurava o meu caminho.
Acho, mas acho mesmo, que hoje me está a dar para a nostalgia.
E posso afirmar, que estou a tentar encontrá-lo, quem sabe um dia destes não mudo, e deixo "andandonaareia" e passo a "finalmenteempaz"
Gina

02/02/2006

"DOLCE VITA" - Mais vale...


Há dias enquanto fazia horas para ir buscar a minha filha á escola, resolvi ir tomar um café a um shopping novo que abriu aqui em Coimbra.
Até o nome do shopping se torna caricato no relato que vou fazer e nas minhas considerações sobre ele. "DOLCE VITA".
Fui buscar o meu cafézito e sentei-me numa mesa a ler uma revista qualquer que tinha comprado momentos antes, para me ajudar a passar o tempo.
Ao meu lado porém, numa mesa estavam duas senhoras mais ou menos para a minha idade, não eram parecidas mas via-se que eram irmãs, pela forma como se tratavam.
Uma delas, de cabelo curto e encaracolado, lamentava-se, ou desabafava, pela vida que levava em casa, pela sua falta de coragem de levar por diante, algo que lhe fervilhava na cabeça havia algum tempo: "Mandar tudo ás urtigas e seguir em frente só com a sua filhota".
Aquela conversa tornava-se bem mais interessante que a minha revista. Que me perdoem as duas senhoras.
Era uma conversa banal, que ouvimos quase diáriamente, mas o que me surpreendeu, foi a resposta da suposta irmã: "Olha para mim rapariga! Mais vale um dia de felicidade, que um mês de sofrimento. Eu sou o exemplo disso mesmo"
Aquela frase mexeu comigo.
Era indiscutível que dor e sofrimento são impensáveis, não há ser humano que aguente, assim sendo, há que acabar com as amarras e seguir em frente, libertarmo-nos do objecto da nossa dor e seguir em frente.
Isto ninguém dúvida, penso eu, só é necessário que as pessoas tenham consciência disso e tenham coragem para andar para a frente.
Agora a 2ª parte daquela afirmação, realmente baralhou-me:" Mais vale um dia de felicidade"
Visto da forma como foi dito, é indiscutívelmente verdade.
Foram embora as duas, continuando aquele diálogo, a mim apetecia-me segui-las, entrar naquela conversa, que não me dizia respeito, mas estava estava a mexer com os meus pensamentos, e o meu sentir.
Permaneci quieta com os meus pensamentos.
O que é válido para alguém pode não ser para mim, ou para todos.
Ser infeliz é algo que ninguém deseja para si, um mês de 30 dias, são muitos dias de infelicidade.Um dia de felicidade são 29 de infelicidade, até aí menos mal.
Mas nós seres humanos, pela nossa própria condição, somos uns eternos insatisfeitos, perguntava-me se depois de conhecermos um dia de felicidade, no meio de 30, nos vamos contentar, se vamos ficar satisfeitos e acomodados.
Pensei para com os meus botões, aquela senhora não deixava de ter uma certa razão. Mais vale um que nenhum, mas por outro lado, será que mais dia, menos dia, aquele dia de felicidade não voltaria a ser mais um de infelicidade, quando só um já não bastasse.
Ainda hoje me debato com este pensamento.
Ainda hoje não consegui encontrar resposta para aquele embróglio...
Afinal de uma coisa tenho a certeza.
Nem sempre o que é válido e aceitável para uma pessoa o será para uma multidaõ....
E tenho a certeza também que quero ser feliz todos os dias da minha vida, porque a isso tenho direito.

26/01/2006

INVOLUNTÁRIO...
No post de ontem, esqueci duas pessoas que não posso esquecer de forma alguma e que pela sua importância, vou hoje citar, uma delas o meu amigo Pensador, com quem comecei a falar e andavamos sempre ás turras, até que ficamos os melhores amigos, tem um espiríto um pouco complicado, mas só até conseguirmos entender a sua forma de estar e Pensar...hoje posso dizê-lo será um amigo para o resto da vida, a outra a Vulcana, que tal como o nome indica é um autentico vulcão, ainda lembro com muita saudade quando nos juntavamos as tres. Zadora , Lili e Vulcana, numa certa salita, era de arrazar,
acho que pensavamos quase da mesma forma as tres, e quando alguma falhava , já não era a mesma coisa.
Para vós meus amigos o meu beijo terno e amigo

25/01/2006

HOJE!!!

Não sei porque, ou talvez saiba...sinto-me como se o mundo desabasse em cima de mim.
A solidão doi, magoa, e estou num desses momentos. Sinto-me só.
Apetece-me escrever e por incrível que pareça, até as palavras custam a sair.
Não saem pura e simplesmente.
As saudades que sinto, de uma Dana brincalhona, de uma Caneca que teimava em não ter cacos, de um Fade brincalhão e letrado, de um Sennick divertido, de uma Vampira doidinha por morder um pescoçito, de uma Leoa que teimava em não ter Juba, de um Look bem apresentado, de um Zé cabra doidinho pra saber as medidas de todas as meninas, de uma Zadora arrumadora de carros que tenho todos os dias a melgar-me o juízo, de um Reebock com cheirinho a sapatilha mas muito terno, levam-me á nostalgia.
Todos vôces meus amigos, fizeram parte da minha vida, mas sobretudo estiveram presentes, nos momentos em que mais precisei de amigos
Vocês foram os meus companheiros por muito tempo.
Sinto profundas saudades vossas.
Só quero dizer-vos que vos amo.
Que me perdoem aqueles que involuntáriamente possa ter esquecido.
Beijos de gratidão e saudades para todos

19/01/2006

"CATARINA"
Vou escrever, não sobre a Maria, mas sobre mim, sobre o que este nome representa na minha vida.
Fez esta noite ás 5.50h que nasceu o ser que viria a tornar-se a menina mais importante da minha vida.
Dei-lhe o nome de Catarina Isabel e por mais curioso que possa parecer este nome vai-me perseguindo.De entre as pessoas que considero amigas de verdade, conta-se a minha Caty. Tornou-se importantissima para mim apesar dos milhares de km. que nos separam, esta foi para ti Dana, a minha modesta homenagem, tu sabe-lo eu sei que tu o sentes amiga foi o meu fascínio pelas Catarinas que nos ligou ainda eu não sabia que o eras
Para ti o meu beijo.
Voltando á minha Catarina, faz hoje 13 anos que olhei para aquela bolinha de carne que me puseram nas mãos e pensei, amor a partir de hoje és a minha Rainha, por ti serei capaz dos maiores sacrifícios, das maiores privações das maiores negações por mim própria.
Tenho conseguido, umas vezes fácilmente, outras em que penso se valerá a pena, outras em que penso se será o melhor para ela, mas tenho-me esforçado por não faltar á palavra dada.
Alturas á em que penso, então e eu, os meus desejos, os meus sentimentos, mas olho para aquela, hoje grande bolinha de carne e penso, valeu a pena sim...és o maior amor da minha vida.
A Catarina é a minha obra prima, não é para me gabar, mas ela é linda, meiga, terna, boa amiga, boa aluna. A filha que qualquer mãe desejaria ter.
Não sei se vou conseguir manter a palavra dada para o resto da minha vida, afinal também sou de carne e osso, só quero que saibas meu amor, que acima de tudo, tu és o mais importante da minha vida
Amo-te muito
P.S. O verde é em tua homenagem minha querida

18/01/2006

INSPIRAÇÃO...FALTA DELA.


Hoje quando vinha trabalhar, pensei no meu blog, e no tempo que passou desde que escrevi pela última vez.
Perguntava-me porque será ke não escrevo, sinceramente não cheguei a uma conclusão.
Será falta de inspiração?
Será porque me cansei de contar a história da minha amiga Maria, e ela que me perdoe.
Será porque sinto que não tenho o direito de expor a sua vida desta forma?
Será que ela já não tem coragem para me falar dela da mesma forma?
Não sei... só sei que neste momento, não sinto vontade.
Quem sabe qualquer dia...