21/04/2006

DIÁRIO DE MARIA

4- Adolescência (Cont.)

Um dia quando menos esperava, um grupo de colegas de turma aproximou-se dela.
Maria nunca percebeu, se tinham sentido pena dela, se por gostarem dela.
Foram-se aproximando e ficando.
Eram extraordinários, começava novamente a sentir-se feliz.
Nesse grupo Maria encontrou a sua melhor amiga, Paula Maria, ainda hoje é uma felicidade quando se encontram.
Apesar da vida as ter separado, pelas profissões e formas de vida, Maria sente a amizade que as uniu presente, quando se encontram para tomar um café e simplesmente conversar.
Do grupo faziam parte, a Paula, a Teresa, o Pedro, o Vitó, a Fernanda e mais alguns que nunca mais a deixaram só.
Maria era feliz, pelo menos enquanto estava no Liceu, porque quando chegava a casa, a dor começava, refugiava-se na irmã Claúdia, na altura com 4 anos, que era a sua alegria.
Quando estava no fim da gravidez, Ana regressou finalmente a casa.
Pode assistir ao nascimento da sobrinha Sandra de quem veio a ser madrinha, era linda aquela menina.
Maria amava-a profundamente, sentia-se também um pouco sua mãe, afinal ajudava a criá-la. Passava horas, noites acordada com Ana, quando a menina não dormia, e se Sandra era chorona.
Passavam noites inteiras a passea-la ao colo, para que os pais pudessem descansar, afinal tinham de se levantar cedo para irem para o mercado.
Ana começou a trabalhar numa fábrica de tecidos para ajudar nas despesas da filha, Maria lamenta que a irmã não continuasse a estudar, porque era inteligente e poderia ter ido longe.
O pai foi intransigente, não permitiu que o fizesse.
Maria continuava os seus estudos, e até ao 9º ano, continuou com os amigos, que sempre a acompanharam. Passavam todos os momentos juntos, faziam farras nos feriados, o único senão é que nas idas ao cinema, ou passeios de fins de semana, o pai nunca a deixava ir.
Depois da gravidez de Ana, o pai que já antes era rígido e austéro na sua educação piorou substancialmente.
Paula começou a namorar com Pedro, com quem veio a casar, os restantes do grupo namoravam também e Maria sentia-se muitas vezes a velinha.
Passado algum tempo o Vitó pediu-lhe namoro e ela aceitou, era a única que não tinha namorado. sabia que não gostava muito dele, mas quem sabe o tempo não a ajudaria a tal.
O 1º beijo, aquele que Maria sonhava que iria ser único, inolvidável, afinal foi uma desilusão, nunca percebeu se foi por não o amar, se pela expectativa em torno desse momento fosse extrema, o que é certo é que passou por esse momento indiferente.
O namoro não durou muito tempo, uma semana .
Quando Vitó a beijava, chamou-lhe Joana. Maria mandou-o ir beijar a Joana e por ali ficou algo que nem devia ter começado. Maria tinha 16 anos.
Acabava o 9º ano, mudou de liceu, porque Paulaía para o 12º, ela tinha ficado pelo caminho.
Paula gostava de estudar, o seu sonho era ser advogada, e realizou-o. é hoje uma da praça Coimbrã.
Voltando atrás, Paula mudou de Liceu, foi para o José Falcão e Maria que ía para o 10º seguiu-a, afinal era a sua melhor amiga, era-lhe indiferente fazê-lo num ou noutro, não contava era que ficassem separadas geográficamente o que veio a acontecer.
O 12º era dado numa dependência externa ao Liceu, e lentamente a separação entre as duas foi inevitável.

3 comentários:

Rui disse...

Um beijo.

Anónimo disse...

ex windah gmdt.
adorei a kontinuaxao da historia pdx kontinuar ta mt bem eskrita adorei
bjx****
ffx km tu

Unknown disse...

Adorei, kero continuação, kero saber como fui eu :):):):) Adoro te