29/04/2006

PARA TI AMIGA!
Paula H.
Depois de ter lido os teus comentários no meu blog, sininho, passei ao teu.
Decidi que o texto que me dedicas-te, merecia uma resposta, não no teu, mas aqui no meu cantinho.
Nada na vida acontece por acaso, sou e tenho provas disso efectivamente.
Ontem de manhã, depois de sair do local onde fui, precisava de um amigo, de uma amiga.
Não de amigoas casuais, que nos dão duas tretas e ficamos na mesma, por algum motivo me lembrei de ti, lembras? "Nada acontece por acaso..."
Não se pode conquistar algo que já foi conquistado amiga.
No meu coração sempre esteve um cantinho que te pertence.
Isso faz-me lembrar, um comentário que fiz ao meu amigo Rui uma vez, em que lhe dizia, que um cantinho no meu coração era dele, para todo o sempre, na altura achei que era a pontinha, porque estava lá aconchegadinho.
Imagino que o meu coração está dividido em vários cantinhos, bastantes espaços que cada um de vós ocupa e tem carácter de defenitivo. Nunca mais ninguém irá ocupar o que vos pertence por direito.
Quando muito, novos serão criados e vocês vão ter de se apertar mais um bocadinho.
A vida e as circunstâncias foram-nos separando, mas o teu cantinho nunca foi ocupado, está cá, vivo e presente, reavivado por cada vez que me lembro de ti, por cada vez que nos encontramos e voltamos ao nosso tempo de jovens malucas e por vezes um tanto ou quanto irresponsáveis.
Precisei de uma amiga ontem, e foi de ti que me lembrei, por isso deixa-te de lamechices, que está na altura de ambas recuperar-mos o tempo perdido.
Vê lá vê, não te ponhas a contar as nossas "Safadezas", no teu blog senão vou acabar encravada, é que as nossas nunca as contei num confessionário onde fui obrigada a ir e só contei algumas ehehehe.
Adoro-te miúda.

21/04/2006

DIÁRIO DE MARIA

4- Adolescência (Cont.)

Um dia quando menos esperava, um grupo de colegas de turma aproximou-se dela.
Maria nunca percebeu, se tinham sentido pena dela, se por gostarem dela.
Foram-se aproximando e ficando.
Eram extraordinários, começava novamente a sentir-se feliz.
Nesse grupo Maria encontrou a sua melhor amiga, Paula Maria, ainda hoje é uma felicidade quando se encontram.
Apesar da vida as ter separado, pelas profissões e formas de vida, Maria sente a amizade que as uniu presente, quando se encontram para tomar um café e simplesmente conversar.
Do grupo faziam parte, a Paula, a Teresa, o Pedro, o Vitó, a Fernanda e mais alguns que nunca mais a deixaram só.
Maria era feliz, pelo menos enquanto estava no Liceu, porque quando chegava a casa, a dor começava, refugiava-se na irmã Claúdia, na altura com 4 anos, que era a sua alegria.
Quando estava no fim da gravidez, Ana regressou finalmente a casa.
Pode assistir ao nascimento da sobrinha Sandra de quem veio a ser madrinha, era linda aquela menina.
Maria amava-a profundamente, sentia-se também um pouco sua mãe, afinal ajudava a criá-la. Passava horas, noites acordada com Ana, quando a menina não dormia, e se Sandra era chorona.
Passavam noites inteiras a passea-la ao colo, para que os pais pudessem descansar, afinal tinham de se levantar cedo para irem para o mercado.
Ana começou a trabalhar numa fábrica de tecidos para ajudar nas despesas da filha, Maria lamenta que a irmã não continuasse a estudar, porque era inteligente e poderia ter ido longe.
O pai foi intransigente, não permitiu que o fizesse.
Maria continuava os seus estudos, e até ao 9º ano, continuou com os amigos, que sempre a acompanharam. Passavam todos os momentos juntos, faziam farras nos feriados, o único senão é que nas idas ao cinema, ou passeios de fins de semana, o pai nunca a deixava ir.
Depois da gravidez de Ana, o pai que já antes era rígido e austéro na sua educação piorou substancialmente.
Paula começou a namorar com Pedro, com quem veio a casar, os restantes do grupo namoravam também e Maria sentia-se muitas vezes a velinha.
Passado algum tempo o Vitó pediu-lhe namoro e ela aceitou, era a única que não tinha namorado. sabia que não gostava muito dele, mas quem sabe o tempo não a ajudaria a tal.
O 1º beijo, aquele que Maria sonhava que iria ser único, inolvidável, afinal foi uma desilusão, nunca percebeu se foi por não o amar, se pela expectativa em torno desse momento fosse extrema, o que é certo é que passou por esse momento indiferente.
O namoro não durou muito tempo, uma semana .
Quando Vitó a beijava, chamou-lhe Joana. Maria mandou-o ir beijar a Joana e por ali ficou algo que nem devia ter começado. Maria tinha 16 anos.
Acabava o 9º ano, mudou de liceu, porque Paulaía para o 12º, ela tinha ficado pelo caminho.
Paula gostava de estudar, o seu sonho era ser advogada, e realizou-o. é hoje uma da praça Coimbrã.
Voltando atrás, Paula mudou de Liceu, foi para o José Falcão e Maria que ía para o 10º seguiu-a, afinal era a sua melhor amiga, era-lhe indiferente fazê-lo num ou noutro, não contava era que ficassem separadas geográficamente o que veio a acontecer.
O 12º era dado numa dependência externa ao Liceu, e lentamente a separação entre as duas foi inevitável.
MARIA voltou conforme prometido.
Espero não vos defraudar no meu relato de alguém que prezo

03/04/2006

CAMINHANDO


Com passos curtos, alguém vai caminhando e tomando o seu rumo.
Cada passo é uma conquista.
Vê-se uma luz ao fundo do túnel, que cada vez mais ilumina seu caminho.
Encontrei Maria que me pediu, para continuar a contar a sua história, pois não quer que morra ali.
Também uma Katy_Safaditah mo pediu, e não a vou defraudar.
Quem sabe não será uma ajuda para que consiga entender as razões da minha amiga Maria, e das opções que nós mulheres temos por vezes de fazer, para continuarmos de cabeça erguida a levar a nossa vida para a frente.
Um homem na nossa vida deve representar, um complemento para a felicidade, nunca um projecto de vida, nunca a única base de suporte para que tal aconteça.
Para além deles, "Homens", existimos nós, com os nossos desejos, com os nossos quereres, que não podemos nem devemos aniquilar, em função deles.
Para além deles, existem os nossos filhos, a quem temos o dever de tornar felizes, neste projecto entramos nós mulheres, e eles homens, porque a isso nos comprometemos.
Sem querer divagar, venho dizer que a "Maria" vai voltar.
A todos vós que me têm acompanhado neste meu pequeno percurso, o meu muito obrigado.