08/12/2007




Video maravilhoso

26/11/2007

VENENO!...


Pode ser tomado aos poucos...
Pode ser tomado ás colheradas...
Pode ser tomado a toda a hora...
Mas sempre na medida e conta certa!

Veneno, pode tornar a nossa vida inesplicavelmente gostosa...
Pode ser parte da nossa vida...pode levar-nos a ser mais felizes...ou levar-nos a ver a vida de outra forma.
Depende das quantidades, ou da forma que estivermos dispostos a bebê-lo.
Nunca deixará de ser veneno por isso.

Veneno pode tornar nossas vidas miseráveis...e inexplicávelmente infelizes!
Neste momento, veneno faz parte da minha vida, e quero tomá-lo...
Tanto veneno já me puseram a correr pelas veias...
Até hoje sempre me aguentei com ele, mesmo quando pensava que já não aguentava mais...
Este veneno é gostoso...fácil de tomar por vezes...outras nem por isso...mas nem por isso menos necessário na minha vida...

Quero veneno...

31/10/2007

CONT.

A Paula ficou com cara de quem não estava a perceber o porquê da minha gargalhada, e da cara de espanto do médico.
Levou a injecção e ficou por lá um pouco á espera que passa-se.
Tenho a certeza que ainda hoje o médico lembrará aquele episódio divertido no seu início de carreira, eu por mim ainda dou a minha gargalhada junto da Paula quando falamos desta MEMÓRIA .
Beijos Paula minha maluca.obrigada por me teres dado momentos como estes para lembrar
MEMÓRIAS...
-Memórias são recordações escondidas na caixinha da nossa vivência...
-Memórias são momentos que ficam para sempre no nosso sentir...
-Memórias são pedaços que ficam...para sempre no coração.
É disso que vou escrever...memórias guardadas e não esquecidas que me fazem sorrir.
Já lá vão uns anos, uma vintena deles ou talvez mais, mais certamente.
Trabalhava numa loja de antiguidades, "Velhos Tempos", o nome adequa-se ao que vou relatar, velhos tempos aqueles.
Um dia, a minha amiga Paula, aquela maluca, entrou-me pela loja dentro. Tinha um ar transtornado, dolorido, infeliz.
Perguntei o que se passava.
Respondeu-me com ar de cachorrinho abandonado, que estava num daqueles dias terríveis para as mulheres. Tinha dores insuportáveis, tinha vindo embora do emprego, só se lembrara de mim.
Afinal as amigas servem para isso também, ouvir-nos nas horas más.
Comprimidos já lhes perdera a conta e não havia meio de passarem pura e simplesmente.
Pedi-lhe para esperar, quando deram as sete horas da tarde, fechei a loja, a Paula essa, fez uma cara de alívio, saímos, encaminhando-nos para as urgências do hospital.
Nessa época, o hospital funcionava junto das faculdades, era um edifício velho e degradado, longe dos HUC de hoje.
A Paula essa gemia de dores.
Até aqui tudo normal, uma situação cmo tantas outras que levam as pessoas ás urgências do hospital.
O insólito, o hilariante da situação vem a seguir...mas não riam por favor.
Rui estás proibido de rir, se cá vieres. Prometi-te isto á muito tempo, mais vale tarde que nunca...
Paula entrou para a urgência, eu fiquei na sala de sepera, uma sala fria, inóspita e impessoal. Bancos e cadeiras de madeira, velhas e incómodas. Por ali fiquei.
A dada altura, um médico novo, aparentemente estagiário, assomou á porta.
Olhando á volta, perguntou pela acompanhante da Paula.
Levantei-me e dirigi-me a ele, disse que a minha amiga estava muito irrequieta e seria melhor ir para ao pé dela a ver se se acalmava. Só gritava pela Gina.
Lá o segui, pela urgência dentro.
Foi hilariante, divertida, suprema a imagem que se apresentou aos meus olhos.
A Paula, a minha adorável Paula, encontrava-se num banco igual ao que estivera lá fora, de madeira, duro, desagradável, só que na posição mais cómica que alguma vez pudera imaginar... ajoelhada, de rabo para o ar, gritava: tragam a minha amiga para aqui, tirem-me as dores. Fechem os olhos e imaginem...
Fui ter com ela, a minha expressão devia ser de riso, porque ela entre entre admirada e zangada, mas ao mesmo tempo aliviada dizia: até que enfim, foram buscar-te.
-Paula que estás a fazer de rabo para o ar? Perguntei quase a soltar uma gargalhada.
-Olha não me chateies, esta é a única maneira de ter menos dores. Não gostas de me ver de quatro? Paciência...
Lá e sentou decentemente ao meu lado.
O médico apareceu, dizendo que lhe íam dar uma injecção para as dores, mas que ela teria de ter mais calma, que assim ansiosa lhe doia mais, "tinha de ter calma"
A Paula, lol, com um ar indignado virou-se para o médico e perguntou:
" Calma??? Calma doutor.
Vendem comprimidos de calma na Farmácia???"
O médico olhou para ela estupefacto, eu finalmente soltei a minha gargalhada.
A aula essa

08/08/2007

AQUELA CADEIRA



Sou pequenina...





A 24 de Julho de 1984, iniciava uma nova etapa da minha vida. Iniciava funções no Ministério da Saúde como contratada.


Durante 5 anos, trabalhei no serviço de Alimentação dos HUC (Hospitais da Universidade de Coimbra), depois passei a Auxiliar de Acção Médica, no serviço de Cirurgia Vascular, no 4º piso da instituição.


Os primeiros cinco anos foram terríveis, detestava trabalhar na Alimentação, e por isso, pedi transferência. Por esta altura já tinha casado, comprado o meu primeiro andar, tido a minha filhota, e desistido do meu curso na Escola Superior de Educação.


Ainda hoje me pergunto se terei feito bem, mas penso que sim, penso que teria dado uma má professora.


Os segundos 5 anos foram gratificantes, adorava o contacto directo com os doentes, ainda hoje tenho saudades desses momentos que passei com eles, ouvindo-os desabafar as suas dores e temores. O serviço onde trabalhava, era muito duro e trabalhoso, saía ao fim de um turno completamente esgotada física e psicológicamente.


A grande percentagem dos doentes, ou era ou viríam a ser, mais dia menos dia, doentes amputados, e como tal, necessitando do nosso esforço físico. Quando os médicos lhes diziam que íam ser amputados, era connosco, auxilires que passávam a maior parte do tempo, era connosco de desabafavam as suas mágoas e angústias. Modéstia á parte, comigo falavam bastante, e eu conforme podia e conseguía, lá ía deixando as minhas palavras de carinho e conforto.


De entre as minhas tarefas, uma delas era transportar os doentes do meu serviço, pelos vários serviços do hospital, quer para consultas, tratamentos ou exames complementares de diagnóstico. Para isso levava-os quase sempre em cadeira de rodas, uma vez que a maior parte deles se encontrava impossibilitado de caminhar.


Nunca ao longo desses 5 anos me perguntei, o que sentiriam eles quando se sentavam naquela cadeira, qual sería o sentimento que os assolavam.


Mandavam-me levar os doentes de cadeira, e era isso que fazia sem contestações ou perguntas, porque era mais fácil e rápido, mas curioso, nunca me pus no lugar deles, ou sequer questionei, o que sentiría um doente amputado, ou debilitado, sentado naquela cadeira.


Hoje pergunto-me isso, porque passei pela experiência, e não gostei. É curioso, como certas perguntas só nos assolam, quando passamos pelas situações.


No fim do mês de Julho, tive mais uma consulta no IPO, nesta fase do campeonato, sentía-me tremendamente debilitada. No dia anterior tinha ido fazer um exame ao coração, porque aparentemente este estava enfrequecido devido aos tratamentos.


Sempre fui forte, sempre tentei ser autosuficiente, mas sinceramente, nesta altura, era difícil movimentar-me, cada passada que dava representava um tremendo esforço para mim, mas lá ía caminhando, devagarinho.


Fui fazer as análises, apoiada pela minha filhota Caty, subi as escadas com muito esforço, sentía-me estúpidamente incapacitada e revoltava-me sentir-me assim. Fui á consulta, onde a médica me informou que não podía fazer o último tratamento de quimioterapia porque o o coração estava debilitado e não aguentava, falo-ía em comprimidos, e tería de ir a uma consulta de Cardiologia nesse mesmo dia.
A Cardiologia do IPO, é noutro edifício e lá vim eu, nesta altura já me sentia com imensa dificuldade, mas lá vim eu apoiadapela minha Caty, a mana Paula, e a amiga Sininho.
Não me largaram o dia todo, bem como outros dias dolorosos da minha vida.
Mas neste estavam lá, Deus as abençoe por isso.
Na consulta da cardiologia, entrei em pânico, mandaram-me para o ECG, o Ecocardiograma e finalmente, para o Rx que era noutro edifício.
Pensei para mim, como iria conseguir andar até lá, não era longe, uns 150 metros, com subidas e descidas, e meu Deus como me custava subir..
A esta altura, alguém adivinhou os meus pensamentos, quase de certeza a mana Paula, que sempre atenta aos pormenores lá apareceu com uma cadeira de rodas.
Sentei nela e aí, que sensação de cansaço, de impotência, de fragilidade, de debilidade.
Toda a vida, fui eu que levei, fui eu que transportei doentes, sem nunca me perguntar como se sentiriam, naquele momento era eu que era levada, e sentia-me pequenina, tão pequenina, porque pela primeira vez não era autosuficiente.
A vida prega-nos partidas e enquanto eu era levada para o edifício do RX, passei pela médica, a Dra Isabel Pazos, por enfermeiros, e pessoal por mim já conhecidos, por pessoas desconhecidas e sentía o olhar de pena deles. *Parecia que estava no fim da linha, não queria sentir esse sentimento de derrota jamais.
Naquela cadeira senti-me pequenina...
Hoje, e agora, sinto que aqueles sentimentos foram tão errados quanto legítimos, eram os meus sentimentos...
Hoje sei que termos que agradecer a todos aqueles que nos transportam, com mais ou menos dificuldade, porque nos estão a poupar a sofrimento maior, o de atingirmos os nossos limites.
Deus vos pague meninas e permita que se um dia forem transportadas " naquela cadeira", o sejam com tanto AMOR e carinho, com que eu o fui, e nunca com a indiferença, com que eu o fiz ao longo dos anos... indiferença relativa mas sem questões.
Amo-vos Paula; Sininho e Catarina.
Amo-vos para sempre, e porque não me deixaram aquele momento de debilidade, nem em nenhum outro momento em que precisava de vós.
Brincaram muito, só faltou sentarem um médico ou enfermeiro boracho no meu colo...
Poxa, mas também não passou nenhum por nós!
Devia haver uma lei, que só deixasse contratar borrachos para o IPO, assim seria levada mas feliz com um borracho no meu colinho!...
Eheheheh.
Amo-vos



08/07/2007

DESAFIO!


A Sininho desafiou-me:


Eu quero: Ser feliz, chegar ao fim do desafio que travo e sentir-me vencedora.

Eu tenho: Neste momento muito medo...

Eu amo: A minha familia, os meus amigos, mas sobretudo e acima de tudo a minha Katy.

Eu acho: Que Deus podia ser mais generoso comigo.

Eu odeio: Mentira e falsidade

Eu sinto saudades: Da minha juventude com a Sininho pelo meio lol

Eu escuto: O barulho do mar e sou feliz...pk será?

Eu cheiro: O odor do mar e adoro.

Eu arrependo-me: De muito do que fiz, e de tudo o que vou deixar por fazer.

Eu sinto dor: Se me mentirem, e traírem

Eu sinto falta: De me sentir em paz.

Eu importo-me: Com todos aqueles que amo.

Eu não fico: Longe dos amigos, não consigo...

Eu acredito: Que vou ser capaz...

Eu danço: Razoavelmente

Eu canto: Mal para caraças...

Eu choro: Se me magoam, ou sinto que não vou conseguir...

Eu falho: Quando me sinto insegura...

Eu luto: Sempre que for preciso.

Eu escrevo: Para me sentir feliz e liberta

Eu ganho: Sempre que me sinto feliz.

Eu perco: Se não estou em contacto com os amigos.

Eu nunca: Sei para onde vou...

Eu confundo-me: Quando estou insegura.

Eu estou: Cansada de escrever...

Eu sou: Uma chata ás vezes... eu sei que sou!

Eu fico feliz: Com pequenas coisas e muito amor.

Eu tenho esperança: Que a vida ainda me sorria.

Eu preciso: De paz...

Eu deveria: Estar na praia, a ver e cheirar o mar...



E o desafio é para: Caty

14/06/2007

03/06/2007

Boas tardes!
Já há muito tempo que aqui não venho.
Hoje, finalmente decidi-me a vir deixar-vos os meus beijitos, e dizer-vos que já falta muito pouco, para que esta minha saga termine, pelo menos eu assim espero e peço a Deus.
Agradeço a todos o vosso incondicional apoio, e sobretudo, aqueles que me estão mais próximos, e não me têm largado, no dia a dia.
A minha filhota, que sofre muitas vezes em silêncio, pois sabe que não me pode valer, neste meu caminho, a não ser estar comigo, e muitas vezes dando-me o ombro ainda não endurecido pela idade, mas já muito forte, e adulto porque a vida a isso a obrigou.
A minha manita Ana que todos os dias ali está firme e resoluta, muitas vezes em que sei que o que precisava era de descanso, ela não falta lá um único dia, e se por qualquer motivo não pode, arranja sempre forma de eu não estar só. Obrigada irmã do fundo do meu coração.
Depois a Sininho, essa amiga incondicional, que não falha nunca. És aquela amiga que qualquer um gostaria de ter. Eu tive a sorte de te ter encontrado, felicidade a minha, obrigada minha querida por todo o apoio e carinho que me tens dispensado. Adoro-te.
Adoro-vos a todos, quantos têm estado comigo.
Posso dizer-vos que não tem sido fácil, de seis tratamentos, passaram a doze. Desejo firmemente ver-me livre deste suplicio, e acho que vou ficar muito mais forte, porque aprendi a dar muito mais valor á vida, e a coisas que antes não ligava.
Mais uma vez, beijinhos para todos e tenham a certeza de que daqui para a frente, virei a este meu cantinho, com muito mais frequência.
Obrigado!
Beijões.

29/01/2007

OI AMIGOS!


Bom dia amiguitos, passei para vos dar beijinhos e dizer-vos que apesar de ausente não vos esqueço.
Daqui a nadinha vou estar de volta para continuar a falar-vos.
Os tratamentos estão quase no fim só me faltam dois graças a Deus e espero estar de volta muito em breve.
Beijos grandes para todos os que me tem acompanhado na minha odisseia e dado força para olhar em frente.
Gina